quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Secretaria da Educação de SP diz que investigará bullying contra bolivianos


Segundo relatos, imigrantes têm de pagar para não apanhar em escola.
Descendente de bolivianos disse que tem medo e que se sente intimidado.

A Secretaria Estadual da Educação de São Paulo disse, em nota enviada à imprensa nesta terça-feira (28), que vai investigar denúncia de bullying contra alunos imigrantes da Bolívia em escola da Região Central de São Paulo.

O assunto veio à tona em reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” nesta terça-feira. Estudantes e um professor disseram ao G1 que alunos imigrantes têm de pagar para não apanhar de outros alunos na Escola Estadual Padre Anchieta, no Brás. Os entrevistados pediram para não ser identificados.

A escola está localizada no bairro de São Paulo em que vivem milhares de imigrantes bolivianos. Muitos deles trabalham em confecções da região.

Segundo um professor da escola, estudantes exigem que os alunos bolivianos paguem lanche para eles. “Eles levam tapas na cabeça”, disse o professor. De acordo com o educador, os alunos sofrem preconceito e o clima é tenso na sala de aula. “Os grupos não se misturam. É um problema quando peço para fazerem trabalhos juntos”, afirmou.

De acordo com o professor, o bullying ocorre desde o ano passado na escola. “Alguns estudantes foram identificados, mas não foram punidos”, disse. Para ele, é preciso conscientizar os estudantes e não punir. “O problema aqui é que não tem assistente social, não tem psicólogo. Isso aqui é um depósito de gente”, disse.

Um aluno de 16 anos, do segundo ano do ensino médio, que é descendente de bolivianos, afirmou que não estuda tranquilo. “Tem grupos que intimidam”, afirmou. O pai de um estudante de 13 anos, ambos bolivianos, afirmou que o filho já teve dinheiro furtado da mochila. “Nunca acontece nada frente a frente”, disse.

Uma estudante brasileira disse que as ameaças acontecem às escondidas no pátio da escola e na sala de aula. “Dizem 'ou paga ou apanha'. Os supervisores nem veem”, afirmou. Outra aluna afirma que o problema também ocorre na Escola Estadual Eduardo Prado, próximo à escola Padre Anchieta, no Brás. “Já estudei lá e vi acontecer várias vezes”, afirmou.

Na nota enviada à imprensa, a Secretaria Estadual da Educação de SP afirma que enviou uma comissão de supervisores para investigar se houve omissão da direção da escola Padre Anchieta e poderá exonerar a diretora do cargo se o problema for confirmado.

Disse ainda que os casos serão analisados individualmente e que começará um projeto de combate ao bullying na escola. Segundo a secretaria, a escola tem um professor-mediador, que desenvolve atividades pedagógicas e procura resolver problemas na escola com alunos e professores.

O padre Mário Geremias, coordenador da Pastoral do Imigrante, na Região Central de São Paulo, disse já ter visto estudantes bolivianos de oito anos sofrerem agressão na rua. "Não sei de onde vem tanta agressividade. É fora do normal. O mais triste é que são da mesma idade", disse. Para o padre, tanto os pais dos agressores como a escola devem ser responsabilizados.

Segundo Marlene Valência de Vargas, da Associação de Residentes Bolivianos, os estudantes imigrantes sofrem discriminação. "Eles não reclamam. São tímidos, mas o problema acontece", disse.

A Secretaria da Educação de SP negou que ocorra bullying na Escola Estadual Eduardo Prado. Segundo a assessoria de imprensa, uma briga entre um aluno brasileiro e uma estudante boliviana fora da escola levou à suspensão dos estudantes há cerca de duas semanas.

Bullying pode começar em casa, diz CNJ


Exemplo dos pais é fundamental para atitude dos filhos, segundo texto.
Escola é apontada como corresponsável nos casos de violência.

Cartilha do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com dicas para o combate ao bullying nas escolas, lançada nesta quarta-feira (20) em Brasília, afirma que, muitas vezes, o fenômeno começa em casa. A escola é apontada como corresponsável nos casos de violência.

Baixe a cartilha

Segundo o texto, de autoria da psiquiatra, Ana Beatriz Barbosa Silva, o exemplo dos pais é fundamental para a atitude que os filhos terão em relação aos colegas. "Os pais, muitas vezes, não questionam suas próprias condutas e valores, eximindo-se da responsabilidade de educadores", diz o texto.

A cartilha traz em forma de perguntas e respostas várias orientações sobre como identificar o fenômeno, quais são suas consequências e como evitar.

De acordo com o texto, o bullying é cometido pelos meninos com a utilização da força física e pelas menina com intrigas, fofocas e isolamento das colegas. As formas podem ser verbais, física e material, psicológica e moral, sexual, e virtual, conhecida como ciberbullying. Segundo a cartilha, características de comportamento podem mostrar que uma criança é vítima de bullying.

Na escola, elas ficam isoladas ou perto de adultos, são retraídas nas aulas, mostram-se tristes, deprimidas e aflitas. Em casos mais graves, podem apresentar hematomas, arranhões, cortes, roupas danificadas ou rasgadas.

Em casa, a criança se queixa de dores de cabeça, enjôo, dor de estômago, tonturas, vômitos, perda de apetite e insônia, de acordo com a cartilha. Outros indicadores são mudanças de humor repentinas, tentativas de faltar às aulas.

Segundo o texto, a escola é corresponsável nos casos de bullying. A cartilha orienta a direção das escolas a acionar os pais, conselhos tutelares, órgãos de proteção à criança e ao adolescente. “Caso não o faça poderá ser responsabilizada por omissão”, diz a cartilha.

O texto afirma ainda que, em casos de atos infracionais, a escola tem o dever de fazer uma ocorrência policial. “Tais procedimentos evitam a impunidade e inibem o crescimento da violência e da criminalidade infantojuvenil”, diz o texto.

No Brasil, de acordo com a cartilha, predomina o uso de violência com armas brancas. Em escolas particulares, vítimas são segregadas, principalmente, devido a hábitos ou sotaques.

A cartilha orienta os pais a observar o comportamento dos filhos e a manter diálogo franco com eles. “Os pais não devem hesitar em buscar ajuda de profissionais da área de saúde mental, para que seus filhos possam superar traumas e transtornos psíquicos”, diz o texto.

Além disso, os pais devem estimular os filhos a desenvolver talentos e habilidades inatos, para resgatar a autoestima e construir sua identidade social.

Cartilha sobre o bullying será lancada nesta quarta-feira!

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lança nesta quarta-feira uma cartilha para ajudar pais e educadores a prevenir o bullying nas suas comunidades e escolas. O material será apresentado no seminário do Projeto Justiça na Escola, que visa promover debates sobre problemas da infância e da adolescência, como o uso de drogas e a violência nas escolas.

A cartilha traz perguntas e respostas que ajudam pais, professores e alunos a identificar e tratar o o bullying. O material será distribuído nas redes de ensino público e particular, além de conselhos tutelares e varas da infância e juventude. A cartilha foi produzida pela psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, autora do livro Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas.

Ao promover a cartilha e o debate entre estudiosos, magistrados especialistas, representantes do governo federal e da sociedade civil, além de conselheiros e membros do CNJ, o objetivo do Projeto Justiça na Escola é aproximar o Judiciário e as instituições de ensino do país no combate e na prevenção dos problemas que afetam crianças e adolescentes.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

“Sofri bullying e sei o quanto dói”, Jessica Alba


Até a Jéssica Alba, linda e sexy, já passou por isso no colégio!

“Todo mundo que sofre bullying deve perceber que conseguirá tomar conta de sua vida e vencer. Depende de você”, diz a atriz. Ela conta pra gente como sua adolescência foi difícil:

Timidez e aparelho nos dentes
“Eu era o tipo de garota que as outras crianças evitavam. Era incrivelmente tímida e estranha, com aparelho nos dentes e sotaque caipira do Texas. Dificilmente falava em aula, porque não queria que as pessoas prestassem atenção em mim.”

Família humilde
“Eu e meu irmão éramos os “estranhos no ninho” quando crianças. Vivíamos no menor apartamento, meu pai trabalhou em vários empregos e minha mãe também, que inclusive trabalhou no McDonald’s. Eu ia a uma escola em que os alunos ricos achavam que mexicanos eram domésticas ou jardineiros.”

Ignorada pelos garotos bonitos
“Com certeza prefiro os garotos mais nerds e tímidos. Como atriz, trabalho com muitos homens lindos, e aí fiquei completamente imune a eles. Acho que, no fundo, é porque sempre me ignoraram quando eu era mais nova.”

Bullying no colégio
“Sofri muito bullying no colégio. Meu pai tinha que me levar para eu não ser atacada. Lanchava na sala das inspetoras para não ter que me sentar com as outras garotas. As pessoas me incomodavam o tempo todo porque eu era diferente e não me encaixava. Além de ser de mestiça de várias raças, meus pais não tinham dinheiro, então nunca tive roupas bonitas ou uma mochila legal. Eu não era rebelde, não ia fumar com as outras garotas ou saía à noite aos 13 anos.”

“Sei o quanto dói”
“Hoje sou forte porque, quando criança, nunca revidei. Tentava guardar tudo pra mim porque não queria baixar meu nível ao dos bullies. Fico muito mal por cada adolescente que está sofrendo por aí. Eu já senti isso. Sei o quanto dói e o quanto isso te afeta.”

Tenho vergonha de ser bonita
“Desconfio quanto as pessoas tentam ser legais comigo. Quando eu era mais nova, sempre tinha que ficar na defensiva. Só melhorei minha aparência quando tinha uns 14 ou 15 anos, mas até depois disso eu não podia realmente acreditar ou gostar de ser bonita. Na verdade até tenho vergonha em ser bonita.”

Fonte: Entrevista cedida ao Daily Mail

Após ser chamado de “bicha”, Justin Bieber vai lutar a favor dos gays!


Quem nunca presenciou um colega ou uma amiga sofrendo as mais diversas humilhações na escola, no shopping ou na balada por ser homossexual?

Infelizmente, hoje em dia, existem muito bullying com os gays…

Mas não acontece só com nosso amigos. Aconteceu com um astro pop que nem gay é…

Segundo o TMZ, Justin Bieber entrou numa briga no Canadá com um menino de 12 anos que o chamou de “bicha”!

Depois do acontecido, Bieber resolveu se empenhar numa campanha contra o bullying e vai defender os gays contra a homofobia. Não é lindo?

Projetos assim também existem por aqui…

Foi criado em São Paulo um projeto chamado Purpurina em que jovens gays de 13 a 24 anos se reúnem para discutir assuntos de seu interesse, orientados por profissionais. Assim, eles não se sentem sozinhos e passam a se ajudar para saber lidar com a diferença e elevar sua autoestima.

A coordenadora do projeto, Edith Modesto, conta que, além de sofrerem bullying na escola, os jovens homossexuais também são os que mais sofrem violência dentro de casa.

Se você se interessou e quer participar, anota aí:

Reuniões: todos os primeiros e terceiros domingos do mês, às 15 horas.
Rua Major Sertório, 292 - Metrô República - saída Caetano de Campos, São Paulo - SP.

Caso você não seja de São Paulo e quer mais informações, dá pra acessar o site do projeto.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sou BV e falam mal de mim...

''Desde de quando eu entrei na escola, sempre houve comentários e brincadeirinhas. Depois de muito tempo percebi que sofria de bullying. Hoje, por onde eu passo, as pessoas comentam. Pra piorar, sou BV com 17 anos. Por conta desses comentários, não fico com ninguém. Eu não sei como beijar. Minha familia não sabe e não desconfia de nada! O que eu faço?''

- enviado por B.B, 17 anos de idade

Eu sofro bullying... Pra quem eu falo?


 Você sofre bullying em silêncio? Ao contrário do que você pensa, guardar o seu sofrimento – seja você vítima de bullying na internet ou no colégio – é pior pra você e melhor para quem pratica a agressão.

Afinal, o agressor nunca será pego ou terá consciência do que ele está fazendo. Já pensou nisso?

É difícil mesmo admitir que você está sofrendo todos os dias por causa de algumas (ou várias) pessoas. Dá uma sensação de impotência. Mas, ei, você não vive sozinho no mundo, não, então você tem que pedir ajuda nessas horas!

Com quem falar? Com seus pais, obviamente…

Seus pais querem seu bem e, por isso, eles devem ser os primeiros a saber de sua situação. Você também pode contar para algum adulto de confiança do seu colégio: leve uma amiga junto para essa situação, e faça isso longe do bully (do agressor).

Se você não tem coragem de falar pessoalmente para um adulto, por achar que não vai conseguir se expressar direito, ou que vai começar a chorar, escreva um bilhete anonimamente. Mas nunca, jamais, guarde esses maus-tratos para você.

Fonte: livro “Proteja seu Filho do Bullying”, de Allan L. Beane, PhD.

Foram 4 anos de humilhação !

''Sei como é chato ser ignorada, zoada e humilhada por ter um estilo diferente, por ser baixinha, ser chamada de magrela ou gorda. Superar o bullying não é fácil. Comigo foram 4 anos de humilhação. Foi muito difícil. Pensei em até me matar. Foi um grande desafio que venci com a ajuda dos meus pais. No começo eu não queria contar para eles o que estava acontecendo. Um dia não consegui guardar aquela angústia, cheguei chorando em casa e contei tudo. Foi um alívio. Hoje aprendi que tudo o que sofri e superei pode ser um exemplo para muitas garotas que sofrem por bullying. Amar a si própria é o primeiro passo. Depois é contar para seus pais o que está acontecendo. A tarefa de quem faz o bullying é só te deixar para baixo.''

por M.C., 16 anos de idade

Por que eles me odeiam?

''Eu nunca fiz nada para ninguém,mas as pessoas me odeiam desde a minha 1ª série. Elas me ameaçam, me mandam calar a boca e falam mal de mim pros meus amigos. Um garoto falou que me odeia porque eu sou inteligente demais. Não suporto mais as pessoas fazendo isso comigo! Minha mãe acha que é bobeira de colégio,mas eu estou sofrendo…''

por M.A., 15 anos de idade

Joe Jonas diz: “Pare com o bullying!”

As celebridades internacionais já estão ligadas neste assunto há um bom tempo.


Joe Jonas gravou um vídeo falando de sua experiência de bullying para o instituto Cambio Cares.

Para Joe, o fato das pessoas recorrerem ao bullying é uma coisa horrorosa.

''Se há algum jeito de parar com isso, nós temos que começar a pensar nisso. E tudo começa com você, na sua escola e na sua comunidade. Nesse mundo é muito fácil odiar, mas devemos sempre nos lembrar que fomos escolhidos para viver juntos.''

Dicas para não sofrer cyberbullying no Orkut, Twitter e Facebook…

Uma pesquisa da revista Seveteen contou que 38% das leitoras gostariam de fugir de sites como Twitter, Orkut e Facebook, ou que eles simplesmente não existissem. Sabe por quê? Cyberbulliyng!


O bullying praticado na net é muito diferente do feito no colégio. Na internet, podem te hackear, te destruir no Twitter, fazer montagens com suas fotos – e você não consegue saber quem foi. É o tal do anonimato. Uma pesquisa mostrou que menos de 30% das vítimas sabem quem são os seus cyberbullies…

Mas nem tudo está perdido: suas ações na net – o que escreve, comenta, etc – são documentos. Ou seja, a Internet não é terra sem lei e é possível descobrir e punir os agressores. Por isso, se você sofre bullying:

1) não reaja às ofensas – interrompa a comunicação no Orkut, Facebook e Twitter. Em casos mais graves, o ideal é cancelar a conta que você tem nos sites.

2) Converse com um adulto em que confie. Que tal os seus próprios pais? Eles podem delatar os cyberbullies à polícia, já que mensagens racistas ou ameaças são considerados crimes.

3) Denuncie e salve qualquer comentário ou mensagem maldosa que receber – print screens com data e horário, nomes do usuário agressor podem ser usados como provas.

4) Denuncie o Cyberbullying nos próprios sites. Tanto o Facebook quanto o Orkut e o YouTube possuem páginas de denúncia se você está sofrendo bullying.